Quarta-feira, 18 de Agosto de 2010

Críticas

Por vezes, para não ferir susceptibilidades, há pessoas que fazem críticas tão subtis, tão subtis, que os destinatários das mesmas são levados a vê-las como elogios, quando o que se pretendia era precisamente o contrário.

publicado por bejahoje às 00:23
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De Camilo a 19 de Agosto de 2010
Tenho quase a certeza que o tema escolhido pelo bloguista reporta-se a um texto de um blogue que passo a transcrever “Promessas por cumprir... Infelizmente o incumprimento de promessas eleitorais faz parte do ADN da portugalidade (…) um péssimo hábito que perdura e do qual ninguém pode reclamar virgindade! (…) O programa Beja Capital (…) desde o primeiro dia foi assumido que aquele era um documento por concretizar! Um programa que quando foi redigido era exequível (…) Hoje já estou convicto que há coisas que não vão ser feitas: porque a situação do País é pior do que se esperava, com reflexos no orçamento municipal, porque a situação da CMB ultrapassava o pior cenário previsto há um ano atrás e, porque o mandato não tem sido perfeito! (…) Mas há uma promessa da Beja Capital que me parece perdida na gaveta do esquecimento, cuja falha me custa! (…) reunir num documento os contributos de todos - porque de todas as sensibilidades brotam ideias válidas - e assumir o compromisso de caminhar em conjunto na defesa dos interesses de Beja, cidade, concelho e distrito! Para cumprir esta promessa não é preciso dinheiro! Basta vontade! E pode ser clarificadora: porque permite distinguir aqueles que colocam a cidade antes dos partidos e os outros que apenas se movem por interesses partidários...”. É curioso o malabarismo retórico e demagógico do autor. Primeiro, ficamos a saber que o incumprimento do programa do PS à CM é uma questão do foro genético e não político. Segundo, a problemática de semear promessas irrealistas não se deve à atitude de caça ao voto, mas simplesmente a um defeito congénito, não de alguns partidos ou de uns certos políticos mestres em vender ilusões, mas é uma má-formação de todos, uma vez que caracteriza a portugalidade. Terceiro, ficamos esclarecidos que todos sem excepção, têm que estar antecipadamente preparados para aceitar com naturalidade o incumprimento do programa do PS, porque todos já perdemos a virgindade, uns de uma maneira outros de outra, quer sejam sujeitos ou objectos da política. Isto é, todos prometemos e não cumprimos, numa palavra, somos todos aldrabões. Pelo que me toca agradeço o elogio. Quarto, ficamos com a dúvida se o programa, em termos de propostas, seria à partida tangível, porque o próprio autor, com autoridade dessa condição afirma que reconhece a contradição de um programa que foi assumido, desde o primeiro dia, como um documento por concretizar, mas exequível, que só o não é, porque as condições do País e do Município, afinal eram piores do que se julgava. Ou seja, nunca em tempo algum foi assumido o irrealismo do programa, mesmo considerando a naturalidade do português face ao incumprimento de promessas eleitorais ou a convicção à posteriori de que há coisas que não vão ser cumpridas. Esta postura é intelectualmente desonesta porque a crise em que o País estava mergulhado na altura da preparação do programa eleitoral era uma realidade, assim como era do conhecimento público, inclusivamente dos vereadores do PS na Câmara a situação financeira do Município, dizer agora que o incumprimento se deve aos outros e ao contexto, não é honesto e revela desconhecimento total da realidade do Município. Quinta, ficamos a saber que uma das promessas não cumpridas é justamente o consenso necessário entre as diversas forças políticas em prol da cidade. Mas quem é que acredita que isso não seria à partida mais uma promessa demagógica, dado que o consenso pressupõe mais do que diálogo, compromissos. Como é que se alcançam se o PS, na pessoa do presidente eleito, entra a “matar” com a proclamação triunfal de ser o grande libertador de Beja do jugo comunista, dando a notícia surpreendente que a democracia finalmente tinha chegado ao Concelho. Então um partido responsável e democrático como o PS iria pactuar com os antidemocratas comunistas. Sexta, o autor dá a entender que há falta de vontade em constituir os consensos necessários, porque para isso nem é necessário dinheiro. Nisso dou-lhe razão, mas de quem é a culpa. Para além da proclamação anticomunista inicial, há ainda que referir a arrogância e a forma displicente e vexatória como o actual executivo tem tratado a oposição, é claro quem é que põe os interesses partidários acima de Beja, mesmo que seja para ser capital.
De Anti-Esquerdalha a 19 de Agosto de 2010
Vai pró caralho!
De Anónimo a 19 de Agosto de 2010
Julgava que os apoiantes do Pulido eram mais educados.
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