
Para muitos bejenses o Bandeirante é apenas uma estátua no largo da rodoviária, mas este ilustre bejense é sem duvida uma das figuras de proa da nossa cidade e um dos nomes grandes na história do Brasil.
Responsável pela expansão das fronteiras brasileiras, ao deter o avanço dos espanhóis; também desempenha papel importante no combate aos invasores holandeses no Nordeste Brasileiro. António Raposo Tavares nasceu em Beja em 1598. Em 1618 vai para o Brasil com o pai, Fernão Vieira Tavares, governador da capitania de São Vicente.
Em 1622 fixa-se em São Paulo, de onde parte a sua primeira bandeira cinco anos mais tarde. Ela chega a Guaíra, no Rio Grande do Sul, expulsa os jesuítas espanhóis e amplia as fronteiras do Brasil. De volta a São Paulo, em 1633 Raposo Tavares torna-se juiz ordinário, cargo de que desiste no mesmo ano para ser ouvidor da capitania de São Vicente.
Três anos depois parte para outra expedição, agora para expulsar jesuítas espanhóis da localidade de Tapes, também no Rio Grande do Sul. De 1639 a 1642 integra as forças que lutam contra os holandeses, combatendo na Bahia e em Pernambuco.
A sua última expedição parte de São Paulo em 1648, em busca de prata, e dura três anos, percorrendo um total de 10 mil quilômetros em direcção ao norte. Atravessa a floresta Amazónica e alcança Gurupá, no Pará, com a tropa reduzida a 59 brancos e alguns índios.
Morreu em São Paulo no ano de 1658,
Em 1966, a comunidade da Colónia Lusa-Brasileira de São Paulo ofereceu à cidade de Beja a estátua do Bandeirante, que se encontra no Largo com o nome do ilustre bejense António Raposo Tavares.