A Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo inaugura o Aeroporto de Beja.
A Câmara Municipal de Beja leva o povo a ver passar os aviões.
Aceitar convite do PSD pode ser incompreendido - Fernando Nobre
Fernando Nobre considerou hoje que aceitar o convite do PSD para ser candidato independente do partido a presidente da Assembleia da República foi uma decisão muito difícil de tomar porque pode ser uma decisão incompreendida.
Não senhor, até compreendemos muito bem.
Uma reportagem feita por uma jornalista, claramente identificada com Partido Comunista, num canal de televisão onde, como se sabe, o PCP tem uma influência determinante, deixou alguns socialistas de Beja em estado de choque. Um deles, líder da concelhia socialista, agitou inclusive o fantasma de “ uma cartinha” que já iria a caminho (não se sabe de onde).
Esta história de querer “matar o mensageiro” não é propriamente nova. Mas vamos à reportagem para saber o que é que dói.
Dói a afirmação “que em Beja o comércio nunca esteve tão parado como actualmente e que a cidade está morrer aos poucos” ou noutro ramo “ num passado recente á dois, três anos atrás havia mais de 15 ou 20 empreiteiros em Beja, comprando lotes, construindo e hoje estamos reduzidos a 4 ou 5”?
Será isto que dói? Será este o motivo pelo qual vale a pena “matar o mensageiro”.
Ou será que dói constatar que as promessas de mudança que fizeram, não estão, nem se antevê que estejam, no caminho para serem cumpridas?
Se calhar é isso. É que estamos quase a meio do mandato e o que se vê é: Numa mão nada, noutra coisa nenhuma.
PS: Naturalmente que todos os intervenientes nesta reportagem foram recrutados na Rua Ancha
A lamentável cena da atribuição de medalhas, promovida pela maioria socialista na Câmara de Beja, traduz bem o que tem sido a postura desta maioria. Autista, arrogante e desprovida de sentido de estado, é assim o comportamento habitual desta maioria.
O caso das medalhas é paradigmático. Esta maioria, contrariando uma prática de sempre, sem qualquer tentativa de consenso, apresenta na reunião de câmara, uma proposta de atribuição de medalhas a instituições e personalidades. Os vereadores da CDU propõem que seja retirado da Ordem de Trabalhos a atribuição de medalhas, com o objectivo de ser consensualizada uma posição comum de toda a câmara, evitando discutir em público nomes de personalidades e entidades. Usando a sua maioria, JPV não aceita impõe a votação e as medalhas a personalidades são aprovadas só com os votos do PS.
Mais tarde, ou tarde demais, a maioria PS lembrou-se que para além de as medalhas terem de ser submetidas a ratificação da Assembleia Municipal, onde não tem maioria, seria pouco edificante entregar pela primeira vez medalhas com votos contra, vai daí, volta a apresentar, desta vez em reunião à porta fechada, o mesmo conjunto de medalhas, desta vez com o argumento do voto secreto e por maioria de 2/3. As medalhas a personalidades viriam, naturalmente, a ser chumbadas e curiosamente algumas delas com votos contra de vereadores do PS.
Resumindo, esta maioria PS pega num conjunto de nomes de personalidades que eventualmente seriam merecedoras de uma distinção, joga o bom nome destes cidadãos na praça pública, anunciando uma atribuição de medalha, que mais tarde se vem a saber, que afinal não vai ser entregue.
Como é que nesta história fica a imagem da autarquia? E mais grave, como é que fica a dignidade das pessoas que se pretendia homenagear?
Depois de alguns fornecedores locais terem cortado o crédito à Câmara Municipal de Beja, é agora a vez dos bancos cortarem o rating à Beja Capital.
Porque é que não recorrem ao FMI?
Eu percebo a euforia reinante nalgumas hostes em torno da abertura do Jardim Público, alguns até juram a pés juntos que o mesmo não existia antes da Beja Capital, esse entusiasmo resulta naturalmente do facto de esta - mesmo com atraso de um ano - ser passados quase dois anos uma das primeiras obras do novo regime.
E já que falamos de jardins aqui fica um a precisar de uma mãozinha.
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